domingo, 25 de março de 2012

ESTEATOSE HEPÁTICA X DIABETES



 


Anormalidades no metabolismo da glicose ou glicogênio levam a um aumento no depósito intracelular de glicogênio, o qual se mostra como vacúolos claros no citoplasma. Afecções que levam ao acúmulo de glicogênio são principalmente o diabetes melitus e as doenças de armazenamento de glicogênio ou glicogenoses.
Glicogenose hepática tipo I ou Doença de von Gierke. Causada por uma alteração na glicose-6-fosfatase, enzima que degrada glicogênio. Referência: http://anatpat.unicamp.br/DSCN4580+.JPG
Indivíduos com esteatose hepática, conhecida como degeneração gordurosa do fígado, têm cinco vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 do que aqueles com fígado normal. É o que concluiu estudo que será publicado na edição de abril do Journal de Clinical Endocrinology & Metabolism, da Endocrine Society’s.
Estudos anteriores mostram que fígado gordo é sinal de obesidade, além de ser resistente à insulina, hormônio que controla os níveis de glicose do corpo. Agora, os pesquisadores apontam que o fígado gorduroso pode ser mais do que um indicador de obesidade, mas pode realmente ter um papel independente no desenvolvimento da diabetes tipo 2.
Foram analisados 11.091 coreanos durante cinco anos, avaliando a concentração de insulina em jejum e realizadas ultra-sonografias abdominais frequentes. Os resultados mostraram que, independentemente da concentração de insulina basal, os indivíduos com fígado gordo apresentaram anormalidades metabólicas, inclusive taxas mais elevadas de glicose e triglicerídeos, e de colesterol mais baixas de lipoproteínas de alta densidade.
"Nosso estudo mostra em uma grande população de indivíduos relativamente saudáveis que a identificação por ultra-sonografia hepática gordurosa prevê o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em cinco anos", afirma Sun Kim, autor do estudo. Os resultados revelam, também, uma complexa relação entre o fígado gordo de base e concentração de insulina em jejum.

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