Blog, idealizado por. Dr Flávio Furtado Farias, professor de Patologia da Nutrição, para compartilharmos nossos conhecimentos acerca da ciencia da nutrição e dos processos patológicos, assim como as ultimas descobertas cientificas na área da saúde, alimentação e nutrição.
domingo, 29 de abril de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO ZINCO NA SÍNDROME DE DOWN
O papel do zinco na nutrição humana tem sido cada vez mais
ressaltado, e tem havido um progresso dos conhecimentos no que diz respeito aos
aspectos bioquímicos, imunológicos e clínicos. A importância desse mineral foi
demonstrada com a descoberta de processos metabólicos, envolvendo esse
nutriente em diversas atividades enzimáticas. Ele participa do metabolismo
energético, como componente catalítico de mais de 300 metaloenzimas nos tecidos
humanos, e como componente estrutural de diversas proteínas, hormônios e
nucleotídeos.
Entre as enzimas das quais o
zinco faz parte estão a anidrase carbônica, que foi a primeira dependente de
zinco a ser descoberta, além da proteína C quinase, fostatase alcalina,
carboxipeptidases, álcool desidrogenase, superóxido dismutase e transcriptase reversa.
A participação do zinco nos
sistemas enzimáticos envolvidos na síntese e degradação de proteínas e na
transformação de carboidratos em lipídios e ácidos nucléicos, demonstra a
essencialidade desse mineral para o crescimento, a reprodução e a maturação
sexual. Nesse sentido, já foi demonstrado, por meio de diversas pesquisas, o
papel do zinco na organização polimérica de macromoléculas, como DNA (ácido
desoxiribonucléico) e RNA (ácido ribonucléico), sendo indispensável para a
atividade de enzimas envolvidas diretamente com a síntese de DNA e RNA, como,
por exemplo, a RNA polimerase.
Nessa abordagem, a importância
do zinco na nutrição humana é notada não somente para o crescimento e
desenvolvimento normais, mas também para a imunidade, defesa antioxidante,
manutenção do apetite, do paladar, da capacidade de cicatrização de feridas e
para a visão noturna.
O zinco contribui na
estabilização de membranas estruturais e na proteção celular, prevenindo a
peroxidação lipídica. O papel fisiológico desse mineral como antioxidante é
evidenciado, fundamentalmente, por dois mecanismos: proteção dos grupos
sulfidrilos contra oxidação e inibição da produção de espécies reativas de
oxigênio por metais de transição, reforçando, assim, o papel do zinco como estabilizador
da membrana plasmática e de outras membranas e organelas encapsuladas.
Pesquisas demonstram que a
quantidade de zinco presente na dieta pode influenciar a expressão gênica,
podendo ser diretamente, por meio de ligação com fatores de transcrição, ou
estimulando mediadores secundários. Hempe & Cousins, em 1992, também
verificaram que a manutenção e a replicação do material genético (DNA e RNA) e
o uso de informação genética para gerar proteínas específicas eram também
dependentes desse mineral.
Os resultados de vários estudos
demonstram a importância da proteção dos grupos tiol na tradução do sinal da
insulina, sendo que o zinco participa nessa proteção e, assim, exerce um efeito
benéfico adicional sobre a sensibilidade tecidual a esse hormônio. A
importância desse mineral na proteção dos grupos tiols, em conjunto com outros
mecanismos de interação do zinco e metabolismo de glicose, abre perspectivas
para a sua utilização em pacientes diabéticos, para melhorar o controle
metabólico, ou em estágios de intolerância à glicose, para impedir a progressão
para o diabetes.
Vários trabalhos têm demonstrado alterações na distribuição
tecidual de zinco em indivíduos que apresentam Síndrome de Down (SD), o que
exerceria papel de extrema relevância em grande parte das manifestações
clínicas dessa síndrome.
A avaliação do estado nutricional relativo ao zinco em indivíduos
portadores de SD, tem sido conduzida utilizando diversos parâmetros
bioquímicos, quais sejam: plasma, soro, cabelo, saliva, eritrócito e urina.
O interesse pelo desenvolvimento de estudos sobre zinco e Síndrome
de Down baseia-se no fato desse mineral ser importante para várias funções
orgânicas, as quais encontram-se alteradas em indivíduos portadores dessa
síndrome, como, por exemplo, aquelas desenvolvidas no sistema imune, endócrino
e hematológico.
Os estudos que relacionavam esse mineral com a Síndrome de Down
sugeriam que as alterações encontradas na sua distribuição tecidual estariam
relacionadas com distúrbios na atividade dos hormônios da tireóide,
principalmente no que diz respeito à ação desses hormônios nos tecidos.
FONTE:
MARQUES, Raynério Costa. MARREIRO, Dilina do Nascimento.Aspectos metabólicos
e funcionais do zinco na Síndrome de Down.
Revista Nutrição. vol.19 no.4 Campinas July/Aug. 2006
terça-feira, 24 de abril de 2012
BENEFÍCIOS DO ARROZ COM FEIJÃO
Benefícios do Arroz
- Rico em vitaminas do complexo B
- Rico em amido (contribui com a absorção de proteínas e fornece energia)
- Fácil digestão
- Raramente provoca alergias
Benefícios do Feijão
- Rico em proteínas vegetais
- Rico em vitaminas do complexo B
- Rico em ferro, potássio, zinco, entre outros minerais essenciais
- Rico em fibras
Além dos
benefícios demonstrados em separado, a combinação do feijão com arroz é
perfeita, pois ambos fornecem os aminoácidos que auxiliam nosso corpo a formar
suas próprias proteínas (músculos, pele, cabelos, unhas, ossos, cicatrização).
Tudo isso porque os aminoácidos deficientes no feijão são justamente os que
estão presentes no arroz. O arroz é pobre no aminoácido lisina, presente no
feijão. Este por sua vez, não possui o aminoácido essencial metionina,
abundante no arroz. Por este motivo, a mescla proteica, resultante de um prato
de arroz e feijão, apresenta um valor biológico equivalente ao da proteína da
carne.
Para
complementar:
Aminoácidos
essenciais (o organismo não produz, necessário ser ingerido pela alimentação):
Leucina, isoleucina, valina, triptofano, metionina, fenilalanina, treonina e
lisina (a histidina é um aminoácido essencial na infância).
Aminoácidos
não-essenciais (o próprio organismo produz): Alanina, arginina, ácido
aspártico, asparagina, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, prolina,
serina e tirosina.
Fonte completa de proteínas
é aquela que fornece todos os aminoácidos essenciais. Alguns exemplos de fontes
completas de proteínas são carne, leite, ovo, ave, peixe e queijo. Uma fonte
incompleta de proteínas é aquela que tem pouca quantidade de um ou mais
aminoácidos essenciais. De modo geral, vegetais são fontes incompletas de
proteínas.
Fontes complementares são dois ou mais fontes incompletas de proteínas que juntas fornecem quantidades adequadas de todos os aminoácidos essenciais. Por exemplo, arroz contém poucas quantidades de alguns aminoácidos que são encontrados em boas quantidades no feijão. De forma similar, feijão contém poucas quantidades de alguns aminoácidos dos quais o arroz é rico. Juntos, feijão e arroz fornecem quantidades adequadas de todos os aminoácidos essenciais.
Fontes complementares são dois ou mais fontes incompletas de proteínas que juntas fornecem quantidades adequadas de todos os aminoácidos essenciais. Por exemplo, arroz contém poucas quantidades de alguns aminoácidos que são encontrados em boas quantidades no feijão. De forma similar, feijão contém poucas quantidades de alguns aminoácidos dos quais o arroz é rico. Juntos, feijão e arroz fornecem quantidades adequadas de todos os aminoácidos essenciais.
FONTES:
http://www.copacabanarunners.net/proteinas-2.html
http://nutrinet.com.br/nutridicas/arroz-com-feijao-a-combinacao-perfeita
sábado, 21 de abril de 2012
INFLAMAÇÃO
A inflamação é uma reação do organismo frente a uma infecção ou
lesão dos tecidos. Num processo inflamatório a região afetada fica avermelhada
e quente, isto ocorre devido a um aumento do fluxo do sangue. Ocorre ainda inchaço e hipersensibilidade como
resultado da infiltração de líquidos nos tecidos locais, aumentando, assim, a
tensão da pele.
Na dor
localizada participam certas substâncias químicas produzidas pelo organismo.
Dentro da área inflamada ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema
imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos).
Os
leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais aos macrófagos, que
ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas doenças este
processo pode apresentar caráter destrutivo e o tratamento dependerá da causa
da inflamação.
A inflamação é uma
resposta protetora direcionada para eliminar a causa inicial da lesão bem como
as células e tecidos necróticos que resultam do insulto original.
Características
gerais da inflamação
•
A inflamação é uma resposta protetora do
hospedeiro a invasores estranhos e tecidos necróticos, porém ela mesma pode
causar lesão tecidual.
•
Os principais componentes da inflamação
são a reação vascular e a reposta
celular ambas são ativadas por mediadoras derivadas das proteínas plasmáticas e
de várias células.
Inflamação
aguda
A inflamação aguda é
uma resposta rápida ou a micróbios e outras substãncias estranhas, que é
designada a levar leucócitos e proteínas plasmáticas para os locais da lesão. Uma
vez lá os leucócitos removem os
invasores e iniciam o processo de
digerir e se livrar dos tecidos necróticos.
Possui
dois componentes principais:
Alterações
vasculares: alterações do calibre vascular que resultam em aumento do fluxo sanguíneo (vaso dilatação)
e alterações estruturais que permitem
queas proteínas plasmáticas deixem a
circulação(aumento da permeabilidade celular)
Eventos
celulares: emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da
lesão(recrutamento e ativação celulares). Os principais leucócitos na inflamação
aguda são os neutrófilos (leucócitos poliformonucleares).
Estímulos para a
inflamação aguda
·
Infecções
Por bactérias, vírus,
fungos e parasitas)
·
Trauma
Corte e penetração e
agentes químicos e físicos(lesão térmica, p.ex. queimaduras ou frio profundo);
radiação;
algumas substâncias químicas ambientais
lesam as células do hospedeiro e induzem as reações inflamatórias.
·
Necrose tecidual
De qualquer causa,
incluindo isquemia (como no infarto do miocárdio) e lesão química e física.
Corpos estranhos (farpas,
poeira, suturas)
Reações imunológicas
contra substâncias ambientais ou contra os própios tecidos como estes estímulos
para as respostas inflamatórias. Não podem ser eliminadas, as reações tendem a
ser persistente, freqüentemente apresentando característica de inflamação crônica
e constituem causas importantes de morbidade e mortalidade.
Fonte: Robbins.Patologia
Geral
sábado, 14 de abril de 2012
Restaurantes de 1ª categoria
•
Restaurantes de 1ª categoria
Oferecem
geralmente refeições no sistema “ a la carte” e pessoal qualificado, pois o
atendimento é requintado e exige do projetista, estudo do espaço,
da decoração condizente com público que irá freqüentar.
Nesta
tipologia temos os restaurantes internacionais e o gastronômico.O restaurante
internacional tem tamanho e categorias variáveis. Pode variar de 50 a mais de
200 comensais. Sua categoria varia em função da qualidade da cozinha, do
serviço, do ambiente e da harmonia do conjunto. Os clientes são atendidos nas
mesas, por pessoal qualificado que executa os serviços dentro dos padrões e
regras internacionais. O seu cardápio é baseado em pratos d cozinha
internacional( como cozinha internacional se consideram principalmente a
francesa e italiana). Servem vinhos, tem variedade e quantidade, com a presença
do sommelier para executar o serviço. No entanto, o restaurante
gastronômico possui características do internacional em relação ao serviço e o
ambiente, mas é altamente qualificado quanto à produção culinária. É uma casa
destinada à clientes amantes de uma boa comida e dispostos a pagarem preços
bastantes elevados.
Nestas
casas é comum o próprio “ chef ” desenvolver o “ menu” junto com o cliente.
Possuem um bom estoque de vinhos de boa qualidade, a altura dos alimentos
preparados.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Depleção de ATP
O ATP, estoque de energia da célula, é produzido sobretudo por fosforilação oxidativa do difosfato de adenosina(ADP) durante a redução do oxigênio no sistema de transporte de eletróns das mitocôndrias. além disso,a via glicolítica pode gerar ATP na ausência de oxigênio, usando a glicose derivada ou a partir da circulação ou a hidrólise do glicogênio intracelular. As principais causas de depleção de ATP são a redução do suprimento de oxigênio de algumas toxinas(p. ex. cianeto).Os tecidos com maior capacidade glicolítica(por exemplo., o fígado) são capazes de sobreviver melhor á perda de oxigênio e ao decréscimo de fosforilação oxidativa de que os tecidos com capacidade limitada para a glicólise(por exemplo,o cérebro). O fosfato de alta energia, na forma de ATP é necessário para virtualmente todos os processos de síntese e degradação dentro da célula, incluindo o transporte da membrana, a síntese de proteínas, a lipogênese e as reações de diacilação-reacilação, necessárias para a renovação dos fosfolipídios.
ADAPTAÇÕES CELULARES AO ESTRESSE
hipertrofia: aumento da célula e do órgão, sempre em resposta á elevação da carga de trabalho; induzida por estresse mecânico ou por fatores de crescimento; ocorre em tecidos incapazes de divisão celular.
Na hipertrofia, não existem células novas,apenas células aumentadas devido a um aumento da quantidade de proteínas estruturais e de organelas.A hiperplasia é uma resposta adaptativa em células capazes de replicação.
Pode ser fisiológica-o aumento maciço do útero durante a gravidez.(hiperplasia e hipertofia)
Ou patológica.-aumento cardíaco que ocorre com a hipertensão ou doença da valva aórtica
hiperplasia: aumento do número de células, em resposta a hormônios e outros fatores de crescimento: ocorre em tecidos cujas células são capazes de se dividir.A população celular é capaz de replicação.
Pode ser fisiológica:
hiperplasia hormonal-proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez;
hiperpalsia compensatória: quando uma porção de um tecido é removido ou lesado. Por exemplo o figado.
Patológica:
estimulação hormonal excessiva ou por fatores de crescimento.
Hiperpalsia do endométrio: devido á uma alteração no equilíbrio entre o estrogênio e o progesterona há sangramento menstrual anormal
atrofia: diminuição da célula e do órgão, como resultado da diminuição do suprimento de nutrientes por desuso; associada a diminuição de síntese e a aumento da quebra proteolítica das organelas celulares.
Embora alguns desse estímulos sejam fisiológicos(por. ex. a perda de estímulos hormonais na menopausa)
e outros patológicos(a desnervação) a atrofia resulta da síntese proteica diminuída e da degradação protéica aumentada nas células.a síntese de proteínas diminui por causa da redução da atividade metabólica.
Metaplasia: alteração do fenótipo em células diferenciadas, sempre em resposta á irritação crônica que torna as células mais capazes de suportar o estresse; em geral, induzida por via de diferenciação alterada das células- tronco nos tecidos; pode resultar das funções ou tendência aumentada para transformações maligna. As células sensíveis a um determinado estresse são substituídas por outros tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil.
Fonte: Robbins
CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS
CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS
Conceito:
Alterações no metabolismo do cálcio.È um processo comum em uma ampla variedade de estados de doença; implica o depósito anormal de sias de cálcio, em combinação com pequenas quantidades de ferro. magnésio e outros minerais.
Ingesta:
a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como lácteos, podem promover
hipercalcemia, como ocorre no milk sindrome.
Absorção: o catalisador da absorção do
cálcio é a vitamina D.
Armazenamento:
o armazenamento se dá a nível ósseo e a sua distribuição
promove hipercalcemia.
Tipos
de calcificações
Calcificação distrófica:ocorre em tecidos mortos ou que estão morrendo;na ausência de desarranjos metabólicos do calcio; ocorre mesmo em níveis
normais de cálcio e na ausência de distúrbios do metabolismo
do cálcio. É a calcificação que ocorre
fundamentalmente em tecidos necrosados, funcionando como um tampão em
variações de pH.
Alterações hialinas em tecidos fibrosos, como por
exemplo na endocardite, em que o melhor desenvolvimento
seria o processo de fibrose e calcificação para a cicatrização, mas como nesse
casotrata-se de lesão valvular, isso é péssimo.A secreção prostática
promove a ocorrência de áreas com microcalcificações, o que se chama de Psamomas
( têm a aparência de grãos de areia).
Tecidos
necrosados.
Encarceramento
de material orgânico e/ou pus: _ na mama ocorrem focos de
microcalcificações que formam nódulos, _ no SNC ocorre a formação de
microcálculos dentro ou fora do parênquima nervoso.
Trombos:
(neste caso é até um fator benéfico, pois impede a fragmentação do trombo.)
Calcinose circunscrita e Calcinose universal: é a possibilidade que alguns
pacientes traumatizados tem de formar microcalcificações nas bolsas
articulares, promovendo intensa dor.
A
circunscrita é localizada e a universal é disseminada.
Calcificação metastática:
Ao contrário da calcificação distrófica, ocorre o depósito de sais de cálcio em tecidos normais e quase sempre reflete algum distúrbio do metabolismo do cálcio.Quase sempre reflete
um distúrbio geral do metabolismo, que leva a uma hipercalcemia. Esta calcificação independe das variações de pH. Não ocorre em níveis
baixos ou normais de cálcio; só ocorre em HIPERCALCEMIAS.
Causas: _milk síndrome (grande
bebedor de leite) hipervitaminose
D. mobilização das
reservas de cálcio(osteomielite,tumor ósseo,osteoporose e degeneração óssea). _hiperparatireoidismo.. _hipercalcemia idiopática da infância.
Locais:
qualquer lugar do corpo, mais comum em tecido conjuntivo, com preferência por
tecidos intersticiais dos vasos, rins, pulmões, e mucosa gástrica.
Significado
Clínico: Deve-se procurar a causa.
Exemplo:
Insuficiência renal crônica diminui a excreção e a metabolização da vitamina D
e pode atuar com a calcitonina nas paratireóides.
com alterações.
NECROSE HEPÁTICA
CENTRO-LOBULAR
Necrose é o "ponto final" das alterações celulares,
sendo uma conseqüência comum de inflamações, de processos degenerativos e
infiltrativos e de muitas alterações circulatórias. É o resultado de uma lesão
celular irreversível, quando o então "nível zero de habilidade
homeostática" (ou "ponto de não retorno" ou ainda "ponto de
morte celular") é ultrapassado,
caracterizando a incapacidade de restauração do equilíbrio homeostático.
Alterações nucleares:
• Cariopicnose (gr.
"Πιχνοσ" = espessamento): Redução de volume e aumento da basofilia,
com homogeneização do núcleo (Contração nuclear + condensação da cromatina).
• Cariorrexe (gr.
"Ρηεξεσ" = Ruptura): Ruptura em vários fragmentos, com distribuição
irregular da cromatina, acúmulo de grumos em torno da carioteca e posterior
desintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares.
• Cariólise ou
cromatólise (gr. "λψσισ" = dissolução): Dissolução da cromatina
por hidrólise dos ácidos nucléicos gerando hipoacidez e redução da basofilia
nuclear.
•Ausência de núcleos: Conseqüência da cariólise total.
Descrição:
• Área do retângulo: área de necrose, perda da morfologia
celular e destruição dos sinusóides hepáticos;
• Área do círculo: veia centro-lobular hepática;
• Células tumefeitas ao redor da veia centro-lobular;
• Notar hemorragia por diabrose: hemácias espalhadas devido à
diabrose (digestão da parede dos vasos);
Obs: não foi possível a observação dos núcleos apoptóticos
(picnose, cariorrexe e cariólise) devido ao pequeno aumento.
NECROSE RENAL
A necrose é um processo que ocorre
quando o núcleo da célula esta afetado. O agente lesivo afeta a célula primeiro
com lesões reversíveis, e na persistência do agente os danos chegam ao nível
nuclear, causando lesões tidas como irreversíveis. Portanto a necrose se
caracteriza por danos no núcleo, e conseqüente alterações estruturais da
célula.
A necrose apresenta núcleos em 3
estágios: picnose, cariorrexe e cariolise.
A necrose pode ser causada por vários agentes um deles é a
isquemia.
Há 3 tipos de necrose:
• Coagulativa = ocorre em tecidos com irrigação terminal
(coração, pâncreas, baço, supra renal, rim).
• Liquefação = ocorre em tecidos moles, com grande quantidade
de enzimas hidrolíticas (cérebro, pâncreas, baço)
• Gangrena = ocorre em tecidos expostos, em contato com ar,
bactérias.
Figura 5.1 – Rim com necrose coagulativa. Os túbulos renais
perderam sua morfologia original e a células não apresentam núcleo.
Figura 5.2 – Rim normal com
as células normais constituindo túbulos renais.
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIA
Os agentes que ocasionam a necrose podem ser classificados em 5 categorias: isquemia ou anóxia; agentes físicos; agentes químicos; agentes biológicos; e hipersensibilidade. Atuam primariamente alterando as atividades metabólicas e bioquímicas normais da célula, levando-a a morte. A distribuição da lesão celular e a extensão da necrose produzida é variável e depende do agente específico, de sua virulência, do tempo de exposição à injúria e da susceptibilidade individual das células. Assim, a anóxia exerce seu maior efeito sobre as células nervosas, as quais são muito sensíveis a tais ataques, enquanto que diversos produtos químicos podem exercer pequeno efeito sobre os neurônios, produzindo lesão grave no fígado e rim.
ISQUEMIA
A falta de suprimento sangüíneo para um órgão priva-o do oxigênio e elementos nutritivos, determinando a morte de suas células, a não ser que imediatamente se estabeleça uma circulação colateral suficiente para prover suas necessidades metabólicas. A isquemia poderá ocasionar a necrose de coagulação (comum em órgãos bastante irrigados).
AGENTES FÍSICOS
Traumatismo, frio, calor, energia radiante ou elétrica podem ocasionar necrose. Estes agentes podem atuar diretamente sobre a célula ou produzir seu efeito de maneira indireta, tornando inadequado o suprimento sangüíneo, lesando os vasos ou aumentando o metabolismo das células de tal maneira que o sangue existente se torna insuficiente.
AGENTES QUÍMICOS
Quase todos os produtos químicos em concentração suficiente podem exercer efeitos tóxicos e determinar a morte celular. Soluções concentradas de substâncias inóquas como o sal e a glicose podem causar destruição local dos tecidos, ao perturbar o equilíbrio osmótico celular. Entretanto, existem alguns produtos químicos com efeito mortal em concentrações relativamente baixas (venenos).
AGENTES BIOLÓGICOS
Bactérias, vírus e protozoários podem ocasionar danos celulares. As bactérias elaboram produtos tóxicos que podem armazenar-se no interior da célula bacteriana (endotoxina) ou então se difundirem para o meio externo (exotoxinas). Os organismos exotóxicos são em geral mais virulentos, e portanto possuem maior capacidade de produzir necrose tecidual. Os vírus e protozoários são capazes de determinar a morte celular, considerando a produção de enzimas ou frações tóxicas destrutivas ou por mecanismos ainda mal conhecidos.
HIPERSENSIBILIDADE
Pode originar reações imunológicas violentas, levando à morte das células. Alguns pacientes sofrem de alergia simples ao pó, mofo, que produz somente hipersecreção das glândulas mucosas nasais. Porém, em outras situações, a reação é tão intensa que chega a produzir vesiculações graves e morte das células epidérmicas.
ALTERAÇÕES ULTRA-ESTRUTURAIS DAS CÉLULAS NECRÓTICAS:
A necrose é a soma das alterações morfológicas que se seguem à morte celular num tecido vivo, constituindo-se na principal manifestação celular irreversível. Dois processos essencialmente simultâneos propiciam as alterações da necrose: digestão enzimática da célula e desnaturação das proteínas. As enzimas catalíticas (decomposição) originam-se ou dos lisossomas das células mortas ( digestão enzimática = autólise) ou dos lisossomas de leucócitos imigrantes (heterólise) A célula pode ser dada como morta, na microscopia óptica, somente após ter passado pela necrose. A célula morta pede ter seu aspecto mais vítreo e homogêneo do que as células normais, devido principalmente a perda de partículas de glicogênio. Depois de as enzimas terem digerido as organelas citoplasmáticas, o citoplasma torna-se vacuolado e toma aspecto de corroído. Finalmente, em alguns casos, pode ocorrer a calcificação de algumas células. No núcleo, inicialmente é observado um agrupamento de cromatina, criando grandes agregados anexos à membrana nuclear e ao nucléolo. A degeneração nuclear poderá tomar dois rumos: em algumas células o núcleo retrai-se progressivamente e se transforma numa massa densa, pequena e enrugada de cromatina firmemente compactada (Picnose). Com o tempo essa compactação passa por uma dissolução progressiva (Cariólise). Em outras células, após sofrer picnose, o núcleo pode fragmentar-se em muitos seguimentos (Cariorrexe). Comumente o núcleo desaparece.
NECROSE GORDUROSA
A necrose do tecido gorduroso é particularmente importante na pele e em sítios ricos em gordura, tais como a mama. A lesão determina a ruptura das células gordurosas com liberação para o interstício de ácidos graxos livres (formando complexos com o cálcio), que se depositam como sabões. Estes, por sua vez, suscitam reação inflamatória do tipo corpo estranho, com o aparecimento de células macrofágicas que se apresentam com o citoplasma finamente vacuolado. A necrose gordurosa pode ocorrer após traumatismos. Mais comumente, é encontrada na necrose pancreática aguda, na qual enzimas pancreáticas causas necrose.
NECROSE CASEOSA
NECROSE DE COAGULAÇÃO
É o padrão mais comum de necrose e se
caracteriza pela conversão da célula num "arcabouço" opaco.
Ocorre
devido à perda do núcleo, mas com a preservação da forma celular básica,
permitindo o reconhecimento dos contornos celulares e arquitetura tissular. Usualmente,
é o resultado de isquemia grave e repentina, em órgãos tais como o coração e
rim. Presumivelmente, o padrão resulta da desnaturação, não só das proteínas
estruturais como também das proteínas enzimáticas. O tecido morto perde água
sem se decompor e se torna firme, opaco, pálido e seco. É a conseqüência da
interrupção da circulação do sangue a uma área limitada de órgãos.
MULHERES VIVEM MAIS QUE OS HOMENS.
Ela afirma que o “segredo” é se manter sempre ativa, com hábitos saudáveis de vida, como alimentação rica em cálcio, além de atividade física, que ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose (diminuição da massa óssea).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 13% a 18% das mulheres e de 3% a 6% dos homens com mais de 50 anos têm osteoporose em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde aposta em ações de prevenção à doença desde a infância para a garantia de uma “poupança óssea”.
Machado alerta que é preciso estimular a população a seguir uma dieta mais saudável, rica em verduras, legumes e frutas. O consumo de leite e derivados, alimentos com alto índice de cálcio deve ser aumentado, enquanto que o de refrigerantes precisa ser diminuído. Outras fontes de cálcio são os vegetais de cor verde escuro, peixes, castanhas e nozes.
A coordenadora também lembra que a exposição ao sol, de 15 a 20 minutos até 10h e depois das 16h também é um hábito importante para a prevenção da osteoporose, pois o sol é responsável pela formação da vitamina D no organismo, o que contribui para a fixação do cálcio.
domingo, 8 de abril de 2012
LESÃO CELULAR:
REVERSÍVEL,
IRREVERSÍVEL(ESTÍMULO PERSISTENTE)
OU MORTE CELULAR.
Lesão e morte celular
•Ocorre
quando a célula foi submetida a um estresse tão severo que não são mais capazes
de se adaptar
.•Lesão celular reversível: alterações
morfológicas e funcionais que são reversíveis quando o estímulo nocivo for
retirado. Características: redução da fosforilação oxidativa, redução na
quantidadede ATP e edema celular.
•Lesão
irreversível e morte celular: promove alterações estruturais e funcionais.
CAUSAS DAS LESÕES CELULARES
•Hipóxia:deficiência de oxigênio (insuficiência
cardiorrespiratória, anemia, etc.)–difere da isquemia.
•Agentes
físicos: trauma mecânico, temperaturas extremas, mudanças de
pressão atmosférica, radiação e choque elétrico.
•Agentes
químicos e drogas: soluções
hipertônicas, oxigênio, venenos, poluentes, álcool e narcótico, medicamentos.
•Existem
2 padrões principais de morte celular:-
Necrose ocorre
após estresse anormal, como isquemia e lesão química, sendo sempre patológica;
-Apoptose:a
célula morre devido à ativação de um programa
de‘suicídio’controlado
internamente.
Necrose e Apoptose •
Necrose:quando os danos são severos, as enzimas lisossômicas
entram no citoplasma e digerem a célula e os componentes celulares vazam.
•Apoptose:
dissolução nuclear sem perda total da integridade das membranas. Alguns tipos
de estímulos podem induzir tanto apoptose quanto necrose, dependendo da
intensidade e duração do estímulo, da rapidez do processo de morte celular e da
alterações bioquímicas induzidas nas células danificadas.
Mecanismos de lesões celulares
•A resposta
celular a estímulos nocivos depende do tipo da lesão, sua duração e sua
gravidade.
•As conseqüências
da lesão celular dependem do tipo, estado e grau de adaptação da célula
danificada.
•A lesão
celular resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas em um ou mais
componentes celulares essenciais.
DIMINUIÇÃO
DO ATP
DANO MITOCONDRIAL
Danos às
mitocondrias
promovem, além de perda de energia, a apoptose por liberação de
fatores sinalizantes.
• As mitocôndrias
podem ser danificadas pelo aumento de Ca++ no citosol, pelo
estresse oxidativo, pela degradação dos fosfolipídios e
pelos produtos de degradação dos lipídios derivados dessas reações (A Geceramida).
O aumento do cálcio citosólico ativa várias enzimas
que prejudicam o funcionamento da célula - fosfolipases, proteases,
endonucleases, trifosfatases de adenosina, além de ativação de capases e
aumento da permeabilidade mitocondrial
PERDA DA
HOMEOSTASIA DO CÁLCIO
ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES
Os radicais livres causam peroxidação lipídica das membranas,
ligação cruzadas das proteínas e fragmentação do DNA.
Espécies reativas de oxigênio:
produto indesejável da respiração
mitocondrial–radicais livres(danificam lipídios, proteínas e ácidos nucléicos).
•Estresse oxidativo: desequilíbrio entre sistemas de geração
e eliminação de radicais livres.
•Mecanismos de remoção de radicais livres:antioxidantes (vitaminas), ferro e cobre, enzimas (catalase, superóxido dêsmutas e eglutationa peroxidase)
DEFEITOS NA
PERMEABILIDADE DA MEMBRANA
Defeitos da permeabiliade da membrana
resultam
em perda do equilíbrio osmótico e influxo de fluidos e íons, além do
extravasamento de conteúdo de organelas membranosas, tais como lisossomos.
•Perda da permeabilidade seletiva da membrana leva a um dano
evidente da membrana, sendo característica de lesão celular.
•Pode afetar a mitocôndria, membrana plasmática e outras membranas
celulares.
•Consequências:
-Perda do equilíbrio osmótico (influxo de fluídos e íons);-Perda de
proteínas, enzimas, coenzimas e á cidos nucléicos.
-Lesão na membrana dos lisossomos: RNAses, DNAses, proteases,
fosfatases, glicosidases, etc.
Quando a célula realmente
morre?
Danos ao DNA e às proteínas
comumente acarretam em apoptose.
Incapacidade de reverter a disfunção
mitocondrial;
•Desenvolvimento de alterações profundas na função da membrana
Independente de quais sejam os mecanismos de lesão à membrana,
o resultado final é um extravasamento maciço de materiais intracelulares e um grande influxo de cálcio
Assinar:
Postagens (Atom)