sábado, 24 de novembro de 2012


CIRROSE ALCOÓLICA



As características clínicas do terceiro estágio da cirrose alcoólica variam. Os sintomas podem mimetizar a hepatite alcoólica ou os pacientes podem desenvolver sangramento gastrointestinal, encefalopatia hepática, ou hipertensão portal(pressão sanguínea elevada no sistema nervoso portal causada pela obstrução do fluxo sanguíneo através do fígado) e outros sintomas de doença hepática. Eles também podem desenvolver ascite, edemas, proteínas séricas e eletrólitos dentro da cavidade peritonial causada pela pressão aumentada da hipertensão portal e produção diminuída  de albumina(a qual mantém  a pressão osmótica  coloidal do plasma) A biópsia do fígado normalmente revela cirrose micronodular, mas ela pode ser  macronodular ou mista. O prognóstico depende e do grau de complicações já desenvolvidas. A ingestão de etanol cria anormalidades nutricionais específicas e graves.
fonte: Mahan & Escott

HEPATITE ALCOÓLICA



É caracterizada por hepatomegalia, elevação modesta das concentrações de transaminases, concentrações aumentadas de bilirrubina sérica, concentrações de albumina sérica normal ou diminuídas ou anemia.Os pacientes também podem ter dor abdominal, anorexia, náusea, vômito, fraqueza, diarreia, perda de massa corporal ou febre. A interrupção do consumo de álcool pode causar a hepatite, progredindo para o terceiro estágio.  O suporte nutricional é o principal tratamento em adição ao aconselhamento ou apoio para continuar a suspensão do álcool.
Fonte: Mahan & Escott

ESTEATOSE HEPÁTICA


A infiltração gordurosa ou fígado gorduroso é causada por uma culminação desses distúrbios metabólicos:
1-aumento na mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo;
2-aumento na síntese hepática de ácidos graxos;
3-redução na oxidação de ácidos graxos;
4-aumento na produção de triglicérides;
5-aprisionamento de triglicérides no fígado.
A esteatose é reversível com abstinência do álcool, ao contrário a cirrose pode se desenvolver.

Fonte: Mahan &Escott(2010)

ESTEATOSE HEPÁTICA ALCOÓLICA



O acetaldeído um produto tóxico do metabolismo do álcool, causa dano á estrutura e função da membrana mitocondrial. As variáveis que predispõem a doença hepática alcoólica: polimorfismos genéticos das enzimas que metabolizam o álcool, gênero, (mulheres, mais que os homens) exposição simultânea a outras substâncias, infecções por vírus hepatotrópicos, fatores imunológicos e estado nutricional precário.

ESTEATO HEPÁTITE NÃO-ALCÓOLICA

Ocorre um acúmulo de gotas de gordura nos hepatócitos. Está associada ao acúmulo de tecido fibroso no fígado. As causa não alcoólicas englobam drogas, anomalias congênitas do metabolismo e distúrbios metabólicos adquiridos(diabetes melito tipo 2, lipodistrofia, bypass íleo jejunual, obesidade e desnutrição.)Podem ser assintomáticos,mas podem apresentar mal-estar, fraqueza ou hepatomegalia. O tratamento é frequentemente a perda de massa corporal, o uso de medicamentos que sintetizam insulina, tratamento da dislipidemia e administração de ácido ursodeoxicólico. A doença hepática e a cirrose podem se desenvolver em pacientes com EHNA, e a progressão para cirrose é variável, dependendo da idade e da presença de obesidade e diabetes tipo 2, os quais contribuem para a piora no prognóstico.

Fonte: Mahan &Escott(2010)
DOENÇAS HEPÁTICAS







HEPATITE VIRAL AGUDA
É uma inflamação disseminada do fígado e é causada pelas hepatites A, B, C, D, e E. As hepatites A e E são formas infecciosas, (principalmente transmitidas por via oral fecal) e as hepatites B, C e D são as formas séricas (transmitidas pelo sangue e pelos fluidos do corpo)Outros vírus menores: citomegalovírus, herpes simples, febre amarela e rubéola, também podem causar hepatite aguda.

HEPATITE A
A transmissão ocorre por via fecal oral e é contaminada através de água potável, alimento, e água de esgoto contaminados. A anorexia é o sintoma mais frequente e pode ser grave. Outros sintomas comuns incluem náuseas, vômitos, dor abdominal no quadrante superior direito, urina escura e icterícia. A recuperação geralmente é completa e complicações são raras, em pacientes de alto risco podem ser mais sérias, necessitando de maior atenção á ingestão nutricional adequada.

HEPATITE B e C
Pode levar a cronicidade. São transmitidas pelo sangue, produtos do sangue, sêmem e saliva. A hepatite ativa crônica também pode se desenvolver, levando a cirrose e insuficiência hepática.


HEPATITE D
Depende do HBV para sobreviver e se propagar em humanos.O HDV pode ser uma coinfecção (ocorrendo ao mesmo tempo que a HVB)ou uma superinfecção(superpondo-se ao estado de portador de HBV)

HEPATITE E
Transmitido por via fecal-oral. A água contaminada parece ser uma fonte de infecção, a qual geralmente afeta pessoas que vivem em condições de superlotação e insalubres. É mais aguda do que a crônica.

HEPATITE CRÔNICA
Quando o paciente tem hepatite há seis meses ou evidências bioquímicas e clínicas da doença com achados de biópsias  confirmatórias de inflamação hepática não-resolvida.
Pode ter etiologia auto imune, viral, antibiótica ou tóxica. As causas mais comuns são as hepatites B e C e autoimunes. Outras causas comuns são hepatopatias induzidas por drogas, doenças metabólicas e NASH. Os  sintomas comuns englobam fadiga, distúrbio do sono, dificuldades de concentração e dor moderada no quadrante superior direito.A doença avançada grave pode levar a icterícia, perda muscular, urina, sangramento gastrointestinal, esplenomegalia, eritema palmar e angioma em aranha.
 Fonte: Mahan & Escott(2010)


FÍGADO




FÍGADO




É a maior glândula do corpo, pesando cerca de 1,500g. Recebe suprimento de sangue de duas fontes: a artéria hepática, que supre cerca de um terço do sangue vindo da aorta e a veia porta, que supre os outros dois terços e coleta sangue drenado do trato digestório. A bile, que é formada nas células hepáticas, sai do fígado através de uma série de ductos biliares que aumentam em tamanho á medida que se aproximam do ducto biliar comum. È um líquido grosso e viscoso secretado no duodeno quando alimentos gordurosos entram no duodeno. A bile emulsifica a gordura no intestino e forma compostos com os ácidos graxos para facilitar a sua absorção.
O fígado tem a capacidade de se degenerar, apenas 10-20% do fígado funcional é necessário para manter a vida, apesar de a remoção do fígado resultar em morte dentro de 24 horas.
As principais funções do fígado são: metabolizar carboidratos, proteínas e lipídios; armazenamento de e ativação das vitaminas e minerais; formação e excreção da bile, conversão da amônia em ureia, metabolismo de esteroides; e ação como câmara de filtração e irrigação.
O fígado desempenha papel principal no metabolismo de carboidratos. A galactose e a frutose, produtos da digestão dos carboidratos, são convertidos em glicose no hepatócito ou célula hepática. O fígado armazena a glicose como glicogênio (gliconeogênese) e envia de volta para o sangue quando as concentrações de glicose se tornam baixas(gliconeogênese) a partir de precursores como ácido lático, aminoácidos, glicogênicos e intermediários do ciclo do ácido tricarboxílico.Armazena ativa e transporta várias vitaminas e minerais. Armazena todas as vitaminas lipossolúveis e vitamina B12 e os minerais zinco,ferro e cobre e magnésio. O caroteno é convertido á vitamina A o folato em ácido 5 metiltetraidrofólico e vitamina D em sua forma mais ativa pelo fígado.Além disso, forma e excreta a bile, metaboliza esteroides, realiza a desintoxicação de drogas.
Fonte: Mahan & Scott(2010)